terça-feira, 5 de abril de 2022

#5dc EPIPHANIA


Epifania epiphanīa, ἐπιϕάνεια, de ἐπιϕανής, "visível", derivado de ἐπιϕαίνομαι, "aparecer" - é um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo.

Sempre adorei todas quantas me surgiram, ao longo da vida (desta).

Todas chegaram sempre no meio de viagens duras, a maioria das vezes sem avisar. Sempre as reconheci, sempre as acolhi e sempre as aproveitei para profundas reflexões interiores e ainda para com elas instalar várias mudanças.

A sua chegada veio sempre precedida de várias coincidências. Normalmente não as reconhecia. Alguns dejá-vu pelo meio, somando-se a diversos sinais interiores, manifestações mesmo do corpo físico, que só bem mais tarde aprendi a interpretar.

Pelo meio da penumbra, as epiphanias acabam por se constituir como um franco momento de celebração e de constatação da longa caminhada até aqui.  

Uma vez mais obrigado. Como sempre, a dor (sempre uma falácia) é quem melhor ensina. E como forma do meu reconhecimento, a esta em particular, aqui deixo o 11.

Um dia, esta pista poderá ser-te útil, se acaso a encontrares.

Continuemos. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

# 4dc O ano de grandes decisões


2021.

É curioso, como depois de ter escrito um texto enorme por aqui, não o consegui publicar. 

Foram apenas três, as publicações do ano passado.

E regresso, à procura do rascunho que normalmente aqui fica guardado, e nada.

Atento aos sinais e aos ACASOS da vida, interpreto com calma o sinal de que preciso e que me recorda que é preciso equilibrar a necessidade de partilha, com o nobre silêncio. Vai de acordo com algumas das decisões tomadas, neste final de ano. 

(inspiro fundo) Sorrio.

Esta forma de que o universo tem de me ensinar é curiosa. Magoa sempre. Mas passa. Porque a dor é impermanente - essa já aprendi faz tempo.

Aqui fica um beijo e um abraço enorme aos meus leitores habituais, na certeza de que este é um ano de grandes decisões.

Para TODOS(AS)!

Aceita o desafio. Avança e V A I .

Acredita: 


Não estás só.



* foto de uma viagem curiosamente à China, nos tempos em que se podia viajar sem problemas de maior.  

sábado, 25 de abril de 2020

#3dc Sou livre


25 de Abril.

O primeiro com a liberdade aprisionada. Pessoas confinadas às suas casas, famílias separadas, muitos doentes... alguns mortos. Alguns?

Podia ser eu... podias ser TU... ou alguém nosso. E isso faz toda a diferença na abordagem.

O vírus chegou e trouxe com ele o medo e o pânico. Ao mesmo tempo, recordou-me a mim do quanto era forte. De quem morava em mim, neste corpo físico por ventura débil e frágil. E nele, mora um espírito forte.

Nem sempre nos orgulhamos de tudo quanto fizemos na vida. Nem tão pouco nos dói menos, o que nos fizeram a nós. 

Como preservar a nossa criança interior? Como não deixar que morra? Como? Depois de tantas viagens duras, tantas desilusões. Mil combates, mil perdões. Aos outros... e a nós.

Mas o AMOR... esse que mora nos corações mais puros Esse que compreende que a aprendizagem demora, que a maturidade só vem com o tempo e... e que só se constroem seres fortes, em cima de muita dor.

Fecho os olhos e sou livre! E serei sempre livre, precisamente dessa forma, que simultaneamente é a mais bela e nobre que conheço... de me desafiar a mim mesmo. 

Quando aprendi a meditar, o espaço/tempo/matéria, foram vencidos.

E... nada mais 



voltou 





                     a        s e r            





                      c  o   m   o  







            a  n  t  e  s  .  .  .







QUANDO ME RENDI: FINALMENTE GANHEI. 

quinta-feira, 23 de abril de 2020

#2dc Dar a água, a quem tem sede


Realizei hoje a 25ª sessão de meditação à distância. 

Depois de anos a fazê-lo presencialmente e a todos quantos me pediram, entendi há quase um mês iniciar este caminho. Naturalmente de uma forma gratuita, porque só assim faz sentido.

Cobrar por outras terapias holísticas, pode fazer todo o sentido pelo trabalho desenvolvido, os seus materiais e inúmeras outras questões. Concordo e subscrevo, nomeadamente para mais a quem disso faz o seu sustento.

Mas... "dar de beber a quem tem sede" cobrando para isso... para mim não dá. Nunca deu, aliás! Foram às centenas, aqueles aos quais ao longo da vida passei conhecimento. Meditar é a ÁGUA. Ainda assim, também eu paguei (e muitas das vezes não foi nada pouco) para saber algumas das técnicas que sei.

O mundo mudou, muda a cada segundo e não há tempo a perder, no que concerne em ajudar os outros. Decerto para muitos continuará igual. Felizmente para muitos outros: não.

Muita gente está em profundo sofrimento. Ansiedade, stress e tantas outras ameaças estão no pico. O fantasma da depressão chegou e instalou-se em muita gente. 

Que cada um dê de si onde puder. 

Cada ser que ensino, aprendo mais um pedaço. Essa é a troca que procuro. 

E ainda tenho os sorrisos de felicidade, as conversas, as histórias e o coração cheio por DAR.


Um dia, quem sabe tenha o que também a mim me falta: 



os abraços... todos os que não pudemos dar agora. Um dia...
___



* se estiveres aí perdido(a) e quiseres aprender, basta mandares-me um mail para armandocsoares@gmail.com

sábado, 28 de março de 2020

#1dc ...E VOLTAMOS AO INÍCIO


Acredito que nem todos estaremos a perceber a dimensão da dádiva que caiu sobre nós.

Digo isso, porque a parte do terror... essa, muitos de nós já a perceberam.

Sim, a verdade é a de que podemos enfim, morrer! (nada de novo)
Mas já o poderíamos, desde que nascemos.

E o que fazer com as nossas vidas? 
Sobreviver através do medo, todos os dias, ou por ventura entender a transitoriedade dos nossos corpos físicos? Certamente, a segunda.

Muitos de nós precisaram deste abanão, para perceberem que tudo quanto fazemos, pode afectar o nosso semelhante. Para perceber que os nossos actos: afectam-nos. Afectam-nos a nós, aos outros e... ao planeta que chamamos de casa.

O Planeta sofre, sofre com o vírus que o ataca não de agora, mas de há muito e que somos: nós. Destruimos ecossistemas. Destruímos espécies inteiras. Poluímos o ar, o mar e as florestas. Subscrevemos a ganância e exageramos. Exageramos, exageramos.

Talvez agora, alguns percebam a responsabilidade de reciclar. De não consumir desmesuradamente. De agir, em espírito de interajuda. De por outro lado, não nos darmos com tanta facilidade. De nos resguardarmos e de olharmos para o nosso interior. De meditarmos! De fazermos exercício, mesmo que em casa. De nos alimentarmos bem, de nos hidratarmos bem, de olharmos bem para o que comemos, que vitaminas ingerimos. De todos percebermos mais um pouco de medicina, do funcionamento dos nossos fracos e débeis corpos. De telefonarmos a quem não o fazíamos há muito. De dar amor, mesmo através de uma chamada. Talvez  de ler, ou de escrever, ou de começares um novo caminho. De admirarmos os profissionais de saúde que salvam vidas, os empregados dos restaurantes que alguns tratam mal, os cantoneiros de limpeza que continuam a recolher o nosso lixo... E de tantos, tantos mais!

Sim, o tempo está a passar. Vertiginosamente! Já estava. Só talvez não tivesses reparado.

Sentir a morte por perto, é sempre uma dádiva. Porque nos permite reinventarmo-nos. Porque nos permite rapidamente redefinirmos as prioridades. E.. de despertarmos o pior... mas também, o melhor em nós.

Escolhe quem queres ser, agora!

Agora, JÁ!

DESPERTA!

Perto deste desafio que te é colocado em frente, nada é mais importante. Nem se o teu governo está a fazer tudo o que poderia, ou as teorias de quem ou como surgiu o vírus.

DESPERTA, apenas! É tempo de escutares o teu coração. De te emocionares. De VIVERES.

DESPERTA, como se disso dependesse a tua própria vida.


Quem sabe... quem sabe... mais à frente, O percebas.