domingo, 2 de novembro de 2014

#166 O que é o amor?


Raramente concordei tanto com um pensamento como com este que aqui divulgo da Jetsunma Tenzin Palmo, sobre "como o romantismo nos faz confundir amor genuíno com apego" — e como isso causa sofrimento nas relações.

Caso não vos apeteça ir ao youtube e ver este curto video neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=gjV5zaGd0gA junto transcrevo o mesmo:

''O problema, é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. 

Sabe, nós imaginamos que o apego que temos nas nossas relações demonstram que amamos, quando na verdade, é só apego que nos causa dor. Porque quanto mais nos agarramos, mais temos medo de perder. 

E então, se nós, de facto, perdermos... vamos sofrer. 

O que eu quero dizer, é que o amor genuíno é... Bem, o apego diz: ''Eu amo-te, por isso eu quero que você me faça feliz!'' 

E o amor genuíno diz: ''Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, óptimo! Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.'' 

É portanto um sentimento bem diferente. Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno, é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. 

Não é ficar preso com força. 

Quanto mais agarramos o outro com força, mais nós sofremos. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque eles pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro. 

Mas não é isso. Elas realmente estão apenas tentando prender algo porque elas tem medo de que se não for assim, elas é que acabarão se ferindo. 

Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado. 

Quero dizer que, idealmente, as pessoas deveriam unir-se já se sentindo preenchidas por si mesmas e ficarem juntas apenas para apreciar isso no outro, em vez de esperar que o outro supra essa sensação de bem estar que elas não têm sozinhas. 

E isso gera muitos problemas... E isso, junto com toda a projecção que vem do romance, em que projectamos as nossas idéias, ideais, desejos, e fantasias românticas sobre o outro, algo que ele nunca será capaz de corresponder... 

Assim que começamos a conhecê-lo, reconhecemos que o outro não é o príncipe encantado ou a Cinderela. É apenas uma pessoa comum, também lutando. 

E a menos que sejamos capazes de observar essas características, de enxergá-las, de gostar delas, e de sentir desejo por elas e também ter bondade amorosa e compaixão: será um relacionamento muito difícil.''



(Jetsunma Tenzin Palmo)



E digo eu: SIMPLESMENTE BRILHANTE!
नमस्ते

1 comentário:

  1. Mas o mais engraçado é que, aqueles que nas relações com os outros incluindo mesmo nas de apenas de amizade sem ser das que se chama vulgarmente de amor, é dessa forma que amam, são apelidadas de não gostarem dos outros, se é numa relação amorosa...oh é de fugir...fazem a vida negra a ambos uma vez que não sendo de "posse" (a que eu chamo falta de respeito pelo outro como ser único) é porque já não ama, não é amigo de verdade etc., etc., lavando mesmo muitas vezes à ruptura uma vez que se torna impossivel de suportar. Seres humanos complicados....

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