domingo, 19 de abril de 2015

#195 Tempus fugit


Essa estranha forma que a saudade tem, é porque a ausência: nela encontrou um meio, de se fazer sentir presente.

Tornou-se habitual na minha vida sentir pois: SAUDADES. Volta e meia aqui falo nisso.


Saudades de pessoas. 

Saudades de coisas.

Saudades de situações.

Saudades... mesmo do que nunca viverei... nesse bizarro diálogo entre passado, presente e futuro... Nesse tempo verdadeiramente novo, que a minha saudade tem.

Que SÓ ela, tem. 

Por isso, tomo também a saudade como companhia. Mergulhado em nostalgia que tempero com esperança, pontuada por episódios que ecoam no espaço das minhas memórias.

Tempo - esse mero acordo social, essa irrelevante falácia que nos trava o sonho, que o mata se deixarmos, até. 

Não tenho mais tempo, mas tenho todo o tempo do mundo... porque não mais deixarei: que o tempo mande em mim.

Há muito já, que dei as boas-vindas: à ETERNIDADE.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

#194 Um poema do "meu" Hermann Hesse


Quanto mais envelhecia,
quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava,
tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida.
Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).

O dinheiro não era nada, o poder não era nada.
Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.

A beleza não era nada.
Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.

Também a saúde não contava tanto assim.
Cada um tem a saúde que sente.

Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.
Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.