sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

#179 O Pai Natal e o miúdo morreram, faz 7 anos


11 de Dezembro de 2007, pelas 07h da manhã, recebia ao telefone a notícia que já esperava e que ansiava, dadas as condições.

Acabava de "partir para outras paragens", o meu Pai Natal. O alívio pelo fim do seu sofrimento, instalava-se em mim, num misto de paz e de saudade.

O Natal naturalmente jamais seria o mesmo. Ainda assim, desde a primeira hora, havia que mudar de página. E assim o tenho feito. Assim o temos feito todos.

Reencontro a alegria perdida nos sorrisos inocentes das crianças (que um dia fui e que de alguma forma continuo ainda a ser), no voluntariado que presto diariamente e indiscriminadamente, nas duas instituições que presido e nos sonhos que realizo. Meus e dos outros, porque a vida continua. Diferente, mas continua.

O Pai Natal morreu há 7 anos, mas o exemplo dele continua vivo no meu dia dia, os seus ensinamentos consolidaram-se em mim e naturalmente: o miúdo de alguma forma morreu, nesse dia também...

A vida é uma jornada imensa, cheia de potencialidades. Todos temos que partir um dia e mal daqueles que não se habituam a mais este patamar a que chegaremos.

A cumprirem-se as regras, o envelhecimento dá-se e leva-nos. Outras vezes, partimos mais cedo. E até lá... vemos partir muitos dos que mais gostávamos.

Sei que já cá estive várias vezes. Isso evidentemente, ajuda a compreender.

Não sei quantas estiveste, Pai... mas espero que para onde tiveres ido: trates bem o miúdo.




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