sexta-feira, 10 de outubro de 2014

#155 Ao correr da pena


Preparo-me para ir para casa e escrevo mais umas linhas, desta vez a partir do meu gabinete nos bombeiros.

O que fará um tipo da minha idade, abraçar causas em regime de total voluntariado, optando por dedicar horas do seu tempo de vida em meio associativo?

Porque é que não prefiro dedicar o meu tempo a ganhar dinheiro e mais dinheiro?

Porque é que não prefiro antes ver televisão, ou sair à noite, ou simplesmente nada fazer?

Porque é que decidi, há tantos anos que a minha vida só teria valor se fosse partilhada com todos(as)?

Porquê?

Porque só sei ser feliz assim, ou visto por outro prisma, talvez porque esta é a única forma que encontrei de minimizar o meu sofrimento.

DAR! DAR! DAR!

Felizmente não sou o único... 

Obrigado a todos e a todas, que orbitam o meu mundo e me relembram todos os dias, que pese embora a tipologia das responsabilidades que carrego sozinho: a tarefa é no entanto de grupo e não de um só ser em particular.

Espero acordar amanhã, mas se acaso não acordasse, partia feliz, de coração cheio e com a certeza de com as condições que tinha nesta vida: fiz tudo quanto podia. Ou pelo menos... uma boa parte!

E essa sensação: não tem igual!

Até já.


2 comentários:

  1. Dormi,

    e sonhei que a vida era só alegria.




    Acordei,

    e vi que a vida era apenas serviço.




    Servi,

    e descobri que o serviço era alegria.




    Tagore


    Beijinhos.

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