quinta-feira, 25 de setembro de 2014

#150 IR


Ninguém disse que seria sequer simples. Que por ventura "estar-se vivo": seriam só facilidades.

Mas nunca estamos preparados para todos os acontecimentos que nos surgem em catadupa, aqui e ali.

Sorrisos entre lágrimas. Choros entre gargalhadas. Nascimentos, mortes. Avanços e recuos. A vida é mesmo assim.

O tempo tem-me dado mais paz. Mais serenidade. Talvez seja isso a tal da "experiência", a tal da "maturidade".

Mantermo-nos eternamente crianças e continuar a jogar todo um universo de peripécias dos adultos que agora somos, é sem dúvida um desafio constante.

"Ir, sobretudo em frente", é a tarefa que abraço diariamente com afinco. 

Umas vezes com mais determinação, outras com menos. Mas sempre sem dar espaço a que o conceito de drama me preencha, ou que por ventura me trave, na única direcção possível da jornada espiritual que insisto em que seja: ascendente.

Até já.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

#149 Absurdo é sim, mas só se não viveres


Pois. O tempo passa a correr... 

O dado adquirido de ontem, é a dúvida de hoje. Quem sabe se de novo a certeza do amanhã.

Só sei que: é urgente VIVER.

Aproveitando cada gota de sangue que eventualmente nos jorre pelas veias dentro. Celebrando-a, uma multiplicidade de vezes e vezes, sem conta. 

Isso só é possível não dando tréguas ao medo, combatendo-o entrincheirado e em cada esquina. Surpreendendo-o com tácticas que não espera! Enfim reinventando-nos, a cada dia que passa. 


E com todas as nossas forças. Todas as que tivermos.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

#148 Hoje escrevo para TI


É recorrente, quando estamos em períodos de grande transformação interior, debatermo-nos com a possibilidade de estarmos sós.

Sós, nas nossas decisões. Sós, nas nossa opções. Sós, na forma como vemos os "problemas" e ainda sós na "decisão que tomamos para os resolver".

Na verdade, a par das lideranças sólidas, os caminhos espirituais são sempre solitários. Individuais.

Obviamente que existem as pessoas com as quais partilhamos ideias, sentimentos, opções, caminhos... ouvimos e amadurecemos. Mas no fim da história: há sempre aquele momento, aquela dimensão, em que a solidão é o que mais importa. Aliás: DEVE ser o que mais importa no processo de decisão.

Há pois que ouvir a nossa voz interior. O nosso EU maior. O nosso DEUS cósmico.

Por isso e para todos(as) aqueles que se sentem sozinhos, na sua caminhada espiritual, não obstante as ricas partilhas que possamos ter neste ou naquele momento, acreditem:

EU ESTOU TÃO SOZINHO QUANTO VOCÊS... E A TI PARTICULARMENTE, ESTOU TÃO SOZINHO QUANTO TU.*




* E é precisamente por isso, que afinal: nunca estamos sozinhos. Paradoxalmente, é na verdadeira solidão que afinal nos encontramos! Estamos sempre por isso JUNTOS!

Os meus votos de uma boa jornada. 



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

#147 Lei do Universo


No fundo, é bastante simples ser-se feliz. 

Agora, claro está que... a simplicidade: só está ao alcance dos mais sábios. Isso por vezes demora uma vida inteira. Outras vezes, não.




sábado, 13 de setembro de 2014

#146 VEGANO? Livra! ...ou não.


Interessante como quer o corpo que precisamos para a transformação interior, quer as situações vêm ter connosco, por vezes embrulhadas em anjos que connosco se cruzam no caminho.

Hesitei muito em escolher a fotografia para ilustrar este post de hoje. 

Pesquisei e visionei várias imagens pela net e pelo meu arquivo pessoal, como faço sempre, mas pareceu-me que esta é mesmo a que para mim traduz o meu actual estado de espírito. Em várias outras matérias e também nesta, em particular.

Depois de ver pela segunda vez o conteúdo do link do video que vos deixo (entre a primeira e a segunda vez ainda me dei ao luxo de comer um belo croissant com queijo, já que o comprei...) pareceu-me mais firme a minha tomada de decisão.

E não havia como deixar de partilhá-la convosco. 

Aliás, o video constante do link a que sugiro que vejam pelo menos uma vez (não são precisas duas, mas eu sou um bocadinho estúpido), parece-me suficientemente esclarecedor. 

E nem precisei eu de detalhadamente encontrar falhas de raciocínio ou incongruências, mesmo que as haja. 

Não me importam! Porque senti o click que tenho sentido ao longo da vida noutras matérias, atento que estou à minha intuição apurada. E isso a mim: chega-me!


Na verdade: há muito que mudei a minha alimentação. 

Passei a comer muito mais frutas, muito mais vegetais (quem diria, hã Mãe?) :D

Raramente como carnes vermelhas (preferindo as brancas) e o peixe. E o leite animal deixou há muito tempo de me saber bem, tendo começado a beber leite de soja, (ainda que poucas vezes sinta sequer essa necessidade).

Com essas simples mudanças progressivas, que já levam uns dois anos ou mais, comecei a sentir-me muito melhor fisicamente. Curioso, não?

Mas sempre senti que esse era um caminho que me havia de levar a mais algum lado...

E depois de vários videos e artigos lidos "aqui ou ali" ao longo dos anos: plim! Recebo um link de 1h10 de duração, onde sucintamente e de uma forma clara, vejo aquilo que precisava, explanado numa linguagem acessível e simples.

Mas atenção... nunca gostei de fundamentalismos! Nunca gostei e nem gosto de extremismos. Mas compreendo perfeitamente a argumentação exposta, guardei no meu coração e comovi-me com as imagens vistas e o discurso ouvido e não é de todo simples, também para mim, a opção a fazer.

Isso, como sempre, deve ser uma opção individual, fruto de um trabalho de esclarecimento e ponderação!  

Da minha parte, dou pois por concluído esse trabalho e inicio uma nova etapa INDIVIDUAL sem querer julgar ou comprometer ninguém. Mesmo doravante.

Mas será que como sempre, devo continuar também a partilhar esta informação e qui ça auxiliar mais um pouco no desenvolvimento espiritual dos que conheço, ou mesmo dos "estranhos" que aqui apareçam por ACASO? :) Sempre! É precisamente esse o propósito destes remédios e da abertura desta minha Farmácia.

Os meus remédios não pretendem ser "bonzinhos". Nem doces. Nem fáceis de tomar. Apenas pretendem auxiliar no processo de cura de todo e de cada um de NÓS.
  
Ajuizem pois por vós mesmos, vejam o link que aqui abaixo vos deixo e percam uma hora a vê-lo mesmo até ao fim, num écran de tamanho aceitável (no telemóvel não me parece tão bom, mas é melhor que nada) e coloquem o vosso coração no que ouvirem e virem... com a atenção que merece.

O saber não ocupa lugar... Mas de nada nos serve a sabedoria, se não a colocarmos ao serviço da acção! Pelo menos da acção individual.

Temos que ser nós a mudança que queremos ver no mundo. Há muito que acredito verdadeiramente nisso.



* se surgirem perguntas/dúvidas que queiram partilhar após a visualização do video, sintam-se à vontade para me ligar ou me enviar um mail. Quem sabe possa ajudar! 

Mas lembrem-se: "Também eu não possuo as respostas todas... Sou tão somente um caminhante como vós, essencialmente mais do que das próprias respostas, estou afinal à procura de perguntas... assumindo todas as dúvidas, mas fazendo as minhas escolhas". Que este remédio vos sirva para alguma coisa, é o que mais desejo. E lembrem-se de, tal como eu, demorar o tempo que precisarem... mas cientes de que:

NÃO HÁ TEMPO A PERDER.



sexta-feira, 12 de setembro de 2014

#145 O mapa da existência


Osho é um personagem desconcertante, com o qual concordo e discordo veementemente várias vezes. 

De resto, como o próprio sempre quis, especialmente quando afirmou por diversas vezes incluindo-se a si próprio que: "não se devem seguir e eleger quaisquer gurus, ou líderes espirituais".

Dizia ele: "Jesus Cristo, Buda e outros, só foram quem foram porque não seguiram ninguém que não a eles mesmos".

É pois esse mesmo o caminho da transcendência! Escutarmos a nossa voz interior e darmos-lhe corpo, primeiro nos pensamentos e depois nas acções.

É um percurso árduo e sem tréguas, mas que vai produzindo os resultados necessários.

Tem avanços e recuos como todas as coisas, momentos belos e outros em que não conseguimos descortinar a beleza... pelo menos à primeira vista.

Mas a verdade, é que se em nós há (e há mesmo!) todo o "mapa da existência", basta procurarmos no nosso mapa do tesouro o: "pote de ouro no fim do arco-íris".

"ELE" está sempre lá á nossa espera, em cada situação, em cada vivência, em cada dor mais crispada, em cada lágrima derramada...

É enxugar os olhos, abri-los bem e VER!


Sim... porque não basta olhar... é mesmo preciso: 


V E R.






quarta-feira, 10 de setembro de 2014

#144 Subliminar em noite de superlua



No paradoxo, reside um manancial de informação preste a ser recolhida, tratada, catalogada, sequenciada e por ventura a servir sempre para o processo de decisão.

Nunca há soluções perfeitas, apesar de no final tudo ser geometricamente e antagonicamente perfeito. Simétrico. Complementar.

Num verdadeiro encaixe divino, nesse fato feita à medida dos nossos sentires, qual cosmos pulsante e vivo, que respira umas vezes oxigénio puro e outras monóxido de carbono e todos os venenos mais densos e mortais.

Mas se ingere veneno, é porque vivo se encontra. E é a esse organismo que compete procurar e qui ça encontrar o antídoto escondido, que existe na prateleira mais alta, no fundo do armário mais comprido, no frasco mais sujo, com o rótulo por ventura apagado. Ou sem rótulo, mesmo!

O que interessa é que a solução é sempre apaixonante. É sempre vibrante. Desafiante. Revigorante. E é sempre um (re)nascimento.

Com dor, mas com um enorme sorriso :D ...que é o que fica para memória futura, registando com chave de ouro a intemporalidade e o sabor da vertigem.

Viajar é preciso. E aprender a voar, implica cair.

Espero chegar às nuvens um dia. Até porque estou farto de cair.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

#143 Avanços e recuos


Uma das coisas que me dá muito gozo na vida, é assistir como observador e (participar também), no mistério da vida.

Nas zangas, o melhor é: fazer as pazes! :D
Na tristeza, o melhor é depois sorrir!
Na doença, é focarmo-nos na cura!
Na ausência de algo, redefinir caminhos ou desenvolver estratégias para reconquistar, revisitar, ou substituir e em grande estilo!


É que "o giro", muitas vezes, é perceber que "a seguir à tempestade, virá sempre um arco-íris". Há pois que resistir aos tempos duros e enfrentá-los de sorriso em riste e com a confiança de quem sabe que no fim, tudo irá correr bem.

Claro que também acontece o inverso... Mas para um optimista, o fim (seja lá o que "isso" for), termina sempre BEM.


Nem sempre me afirmo como um optimista puro e inveterado... Por vezes também desespero, como as outras pessoas.

Também choro e me entristeço!

A diferença, é que para mim, essas "fases" só existem enquanto momentos. Não duram dias, nem meses, nem anos, nem se revelam montanhas densas e inultrapassáveis. 

E nunca deixo de fazer "o que tenho que fazer", em nome da depressão, da angústia, do medo, ou de outros sentimentos destas famílias.

Por vezes abrando. Claro! Sou humano.

Nem sempre estou a acelerar. 

Pondero inclusivamente várias vezes, antes de decidir os temas mais complexos para a minha forma de ser.

Mas se acontece uma coisa "má", de imediato redefino objectivos e aproveito essa "energia" para construir alguma coisa nova.

Sei que mais tarde, me agradecerei por não ter parado em definitivo. Por talvez ter mesmo começado um projecto novo.

É que a vida passa por nós... e não há tempo a perder.



Tem sido esta a minha experiência e é neste rumo que prossigo.

Experimentem. Acreditem que não se vão dar mal.



domingo, 7 de setembro de 2014

#142 O Acaso nas nossas vidas


Todos os dias o universo me manda recados. Uns subliminarmente, outros: directamente mesmo.

Não posso nunca deixar de sublinhar, que pelo menos em relação a mim, o universo tem um enorme sentido de humor. 

Negro e sarcástico*, muitas das vezes. Já noutras, age levemente e simpaticamente com alguma condescendência.

Mas no fundo, até adoro esta sua maneira tão característica de me ensinar, no fundo condicente com os traços da minha própria personalidade. (Será que adopta a metodologia e a linguagem que melhor se adapta a cada pessoa?)

Nunca posso dizer que não me avisa, que não me mostra, que não me lembra, que não me dá hipótese de modificar, de crescer, de melhorar, de evoluir.

Claro que a maior parte das vezes, erro várias vezes. Mas aprendo sempre mais um bocado, fazendo-se magia. 


Oh se aprendo! Livra... 






*...mas não me tira o meu melhor sorriso. Lamento mas isso não! Aliás... nem me parece que seja esse o objectivo. Bem pelo contrário... :)) 

Mas que é um sacana: É!


sábado, 6 de setembro de 2014

#141 Danaus Plexippus e os humanos


Era sábado de manhã e (como ainda o faço cada vez mais raramente, nos poucos canais de televisão que ainda me despertam curiosidade), assistia a um pouco de um documentário sobre a vida animal, que sempre ajuda a perceber muito do que somos, também.

De facto, tirando documentários sobre história, vida selvagem, artes e matérias ligadas ao ocultismo, já pouco mais me motiva para ligar a televisão.

Cada vez menos a ligo, passando dias e dias que nem dela quero saber.

Mas dizia eu, assistia comovido (sim, a idade tem destas coisas e a forma intensa como vivemos a nossa vida também) ao desenrolar da vida de um pequenino ser de seu nome DANAUS PLEXIPPUS ou MARIPOSA MONARCA.

São as mais conhecidas "borboletas" da América do Norte, tendo sido introduzidas no século XIX na Nova Zelândia e Austrália, sendo as suas irmãs do Atlântico, residentes nas Ilhas Canárias, Açores e Madeira. 

São conhecidas pela sua resistência e longevidade e pelo padrão laranja e preto facilmente reconhecível. 

Têm uma envergadura de 8,9 a 10,2cm e pesam já adultas cerca de meio grama, sendo uma das maiores. 

No geral, esta espécie vive quatro dias como um ovo, duas semanas lagarta, depois crisálida dez dias enquanto forma a sua dura capa protectora e finalmente entre duas/nove semanas como borboleta.

No entanto... existe uma geração que é apelidada de "Matusalém" e que vive NOVE MESES, migrando para trás e para a frente.

Iniciam a sua alimentação comendo o próprio ovo e depois as plantas de algodão sobre as quais nasceram.

O seu característico padrão alerta os possíveis predadores de que são: venenosamente fatais.

De Agosto a Outubro migram aos milhões para sul e depois para norte, na Primavera.

Esta espécie é um dos poucos insectos que se permite fazer travessias transatlânticas... Estamos a falar de uma migração de 5000km!

As que nascem no final do Verão, princípio do Outono, serão as que irão fazer esta travessia numa única viagem de ida e volta da sua vida.

Algumas chegam ao sudoeste da Grã-Bretanha e Espanha.

As ocidentais viajam do Canadá para a costa da Califórnia nos Estados Unidos, para passar o Inverno em pequenos bosques de eucalipto, ao passo que as do oriente viajam do leste para o centro do México directamente para os bosques de abeto e pinho. 

Todas elas procuram o seu caminho sozinhas. Absolutamente: sozinhas... mas depois da migração feita, encontram-se todas, eventualmente acasalam e hibernam juntas.

Curiosamente, desde as suas ancestrais que encontram sempre o seu caminho. 

Seguem as mesmas rotas nas mais diversas gerações directas e muitas chegam a inexplicavelmente pousar na mesma árvore (de mães e pais para filhas(os), para netas(os) e por aí adiante).

Um ciclo de vida, no mínimo desconcertante para uns. 

Para outros... quem sabe de alguma forma, similar.






quinta-feira, 4 de setembro de 2014

#140 Teoria do Espelho


LEGENDA DA FOTO: Um dos Mestres que tive o privilégio de conhecer e privar de perto, o gato Misha com quem convivi uns bons tempos, aqui observando uma série em que surgia um gato no preciso momento, em determinada situação. Espelhos?


Entre as várias lições que a vida me tem dado, uma delas que guardo e utilizo diariamente é o que poderei de apelidar de: Teoria do Espelho.

Na verdade, quando passamos a estar atentos às chamadas "coincidências", verificamos que o nosso universo diário está carregado delas.

Sensações de deja vu, encontros desejados, intuições que funcionam sem falhas e tantas coisas mais que apelidamos de magia, ou de coisas do ACASO.

Ora acontece por inúmeras vezes (senão em quase todas as situações) que o universo no fundo nos auxilia com o espelho.

No(a) outro(a) vemo-nos se estivermos atentos. Nas atitudes iguais que teríamos na mesma situação, ou no antecipar de consequências que poderíamos ter se seguíssemos o mesmo procedimento, ou no mal/bem que nos aconteceria se tivéssemos feito o mesmo...

Nessa mesma linha, chateamo-nos com os(as) outros(as), mas no fundo a maior parte das vezes chateamo-nos connosco. Porque não gostamos de ver neles/nelas apenas nada mais nada menos do que:
O NOSSO PRÓPRIO REFLEXO...


Admirados(as)?

Basta estarmos atentos(as) e treinarmos a compaixão que acaba por ser com nós mesmos(as). Porque no fundo, é garantido que em algum momento desta vida (ou de outra) precisamos do cenário que nos é colocado em frente dos nossos olhos para vivermos e resolvermos.

A forma como resolvemos e encaramos a situação, irá certamente trazer consequências. Mas.. não as avaliemos em "boas" ou "más". Aceitemo-las apenas como "consequências". 

Porque serão exactamente na medida do que precisarmos.

Não digo com isto que devamos aceitar tudo enquanto agentes passivos, ou relativizar as situações, ou ainda desistir dos objectivos que colocamos em cada cenário!

Mas o principal objectivo é sempre o mesmo: APRENDERMOS.

É cada vez mais nisso que acredito.

Façamos por ser felizes, incomodando o menor número de pessoas possível e auxiliando o maior número de pessoas possível. 

Tentemos mentir o mínimo possível (caminhando sempre em direcção ao zero em TODA e QUALQUER situação por mais pequena que seja) e sejamos sempre fortes para ajudar aqueles que são mais fracos, aprendendo com eles o tanto que têm sempre para nos ensinar.

Respeitemos todos os seres vivos (animais e plantas) e compreendamos que é nessa aprendizagem da convivência com os que partilham este espaço connosco, que pode nascer um coração mais luminoso e uma mente mais sábia.

Amemos indiscriminadamente, sem pausas. Sem regras. Sem subterfúgios. Sem reservas. Sem medos. Sem tretas.

São premissas fáceis? Claro que não.

Mas esse: 


É O MEU OBJECTIVO. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

#139 A teoria e a prática


Desde sempre que teorizo sobre inúmeras matérias. Esse olhar atento sobre o mundo e sobre as relações humanas, acabou por levar-me até ao curso de sociologia onde li o que me apeteceu e entrei a fundo nos autores com os quais me identificava.

O curso lá vai há uns bons anos e a tal da licenciatura "já cá canta" - sofrível numas cadeiras e com distinção, noutras. De resto, como sempre a imaginei.

Relembro que desde sempre cumprimentei a vida com um sorridente "boom dia!", não obstante inúmeras dores que persistem desde tenra idade, mas que fazem de mim o homem completo e cheio que me sinto hoje. 

Actualmente, persiste o sorridente e sincero "boom dia!", entre avanços e recuos, entre lágrimas e sorrisos mil.

Recordo desde a adolescência, inúmeras alturas em que me pediam conselhos sobre os mais diversos temas, muitos deles sem nunca ter vivido eu sequer situações similares. 

Muitos dos assuntos pediam bom senso, apenas. Outros, o conhecimento de uma vida cheia de experiência que muitas vezes não tinha.

Mas os livros sempre me acompanharam, sempre convivi com as gerações mais antigas que a minha e sempre tive uma imparável sede de conhecimento... 

E assim, aconselhava e verificava depois com agrado, que os modelos teóricos que me inspiravam sobre as mais variadas matérias, misturados com uma boa dose de bom senso e com o que eu sentia ser o correcto, afinal: FUNCIONAVAM!

Era o regozijo de ver a vitória nos olhos dos que me pediam conselhos amorosos, profissionais, sei lá eu que mais...

O tempo entretanto avançava e com ele eu próprio vivia muitas das situações, tornando-me finalmente experiente e conhecedor no terreno de muito do que falava e augurava saber. Muito disso contribuiu para me sentir desde sempre uma: "alma velha"

Anos depois, insisto em alguns modelos de vida, que sinto no meu íntimo serem os mais correctos. Alguns aspectos importantes desses modelos, não os vivo plenamente (ainda). 

Talvez por medo, por receio, por dúvida, por achar que não chegou o tempo, por achar que ainda falta aprimorar mais um detalhe aqui ou ali, até passar para a próxima etapa. Estou a trabalhar nisso, com a natural evolução de pensamento que a vivência do dia a dia me oferece.


Na verdade a vida é o que quisermos! É um balão de ensaio para o próximo nível, como a entendo desde sempre.

É uma aprendizagem face a um objectivo que é o de nos tornarmos mais sábios, mais firmes no nosso propósito, de sermos mais o mais possível seres de luz e domar a tal sombra que reside em nós.

Vou a caminho de uma data de coisas belas, onde cada vez mais o intervalo da teoria e da prática se fundem num só.

Esse tem que ser sem dúvida um dos grandes propósitos da vida.

Claro está, que existe um universo de possibilidades e uma multiplicidade de escolhas! Todas elas conduzem a outras encruzilhadas que antecipadamente estudo, analiso e coloco em perspectiva. 

Mas no fim (quando sentir esse momento chegar) uma vez reunidos todos os dados e amadurecido o pensamento: decido sempre.



Estou em mais um desses grandes processos. E no fundo, até me sabe muito bem, porque:


"isso" é que é agarrar a vida com ambas as mãos!



terça-feira, 2 de setembro de 2014

#138 E T E R N I D A D E


A vida e as suas vicissitudes. 

O tempo vai avançando, vamos caminhando e a dado momento perguntamo-nos:

- Para onde vamos e onde estamos, afinal?

Eis pois, nesta simples pergunta, três das maiores provas de que estamos vivos: 
1. Questionarmo-nos filosoficamente sobre o mistério da vida; 
2. Assumirmos o "despertar" e 
3. Sentirmo-NOS.

Há já algum tempo que me sinto vivo. Não falo de me sentir vivo... falo de me sentir VIVO, mesmo!

A vida não me escorre nas mãos, antes saboreio-a! As emoções não são vividas a frio, antes fervilho nas veias!

Tenho pensamentos dicotómicos sobre algumas matérias. Por vezes encontro-me no meio de paradoxos, em encruzilhadas intensas. 

Naturalmente que isso é estar vivo, porque quando experiencio, quando dialogo e aprendo também com todas(os) as(os) Mestres que comigo se cruzam no caminho: o pensamento evolui.

Mas quem é que disse que não reside aí o sabor da vida? Quem é que disse que as regras devem ser iguais para todos? Porque não ousar ser diferente? Porque não ousar criar novos circuitos, novos paradigmas, novas emoções, novas sensações, nova eternidade?

Cansado estou de estereótipos. Não de hoje, mas de sempre. Desde que me conheço. 

Cansado estou de observar o mundo, sob um olhar atento e de verificar as marionetas que se movimentam ao sabor do manipulador... e esse, esconde-se muitas vezes em cada écran de televisão, em cada jornal, em cada revista, em cada cartilha que nos é ventilada por cada corporação com interesses instalados. Em cada organização que não permita a liberdade, que não tolere a diferença e que tente impor a sua verdade.

Sou cada vez mais livre no pensamento, cada vez mais livre na acção. É um caminho incompleto, mas olho para trás e penso no tanto que já se conquistou. No tanto que já se palmilhou, na imensidão do mar e do céu percorridos... e na alegria que sinto, quando penso no que há ainda para percorrer.

Claro que nesse caminho não há só prazer, mas também alguma dor. Mas aquela dor que ensina e que se dilui com o tempo. A lágrima que dá lugar ao sorriso, o rosto que de triste se faz alegre e aí fica.

E se não fica imediatamente, talvez seja acima de tudo ao se sentir "estranho" por poder ser afinal: tão simples... ora, ir contra muito do que bebemos ao longo da vida, causa sempre alguma mossa. Mas é precisamente aí que reside a construção do nosso SER. Ou direi antes, a derradeira (re)descoberta, o delicioso sabor da vertigem, as borboletas no estômago. 

Apelo a quem se queira juntar nessa viagem. 

A quem já está, que aqui fique se sentir. E a quem partir, o meu abraço sentido na certeza de que aguardarei até que regresse.

Mas se por ventura não regressar... é porque no fundo e afinal: AQUI... nunca terá afinal chegado. 

E então... a quem partir, só posso desejar os meus votos de boa viagem e guardar todas as memórias com o meu melhor sorriso.

...quanto a quem decidir ficar a escrever a história:



:))


(TO BE CONTINUED)