quarta-feira, 30 de julho de 2014

#131 Trinta e sete



"Trinta e sete" é o que marca o calendário. Mas como é que chegámos até aqui? É simples...:

Entre lágrimas e gargalhadas sem fim. Entre recordações que insistem em não me largar e entre planos de futuro vezes sem conta, mas vivendo o presente que também já foi futuro, passado que agora é.

Sinto-me bem. Podia estar melhor? Podia! Mas pior também. Concluo pois que estou como devo estar.

Até porque podia já nem "estar", assim, como estou! Penso no tanto que tenho ainda para fazer. No tanto que farei, ainda, sem saber...

Penso nos corações que já marquei, nas causas que abracei, na natureza que já contemplei, na música que já toquei, nos livros que já li, nas situações que vivenciei, nas vitórias que alcancei, nas derrotas que já sofri... no imenso que já aprendi!

Não dou pois por terminada a tarefa. Mas como há muito tempo venho a dizer: não tenham pena quando terminar, que eu não terei.

Com as condições que tenho, que tive e quaisquer que sejam as que terei: farei sempre o melhor que conseguir!

Por isso, estou em paz. E assim conto estar até ao último suspiro.

Parabéns puto! Estás mais TU!



...o caminho é por "aí".


segunda-feira, 28 de julho de 2014

#130 Mania de escrever


Dos ofícios que carrego há mais tempo em mim, encontro no meu íntimo mais profundo: a composição musical e escrever... 

Escrever poemas, pensamentos, divagações! Teorizar sobre o mundo, sobre os relacionamentos. Descrever as minhas dores. Falar dos meus amores. Assumir recordações.

No fundo, para além da oralidade mais primária que manipulo com facilidade, encontrei estas formas de comunicar mais poéticas. Onde me desnudo vezes sem conta. Onde entre mistérios, me conto e brinco com as palavras, ou através da música.

Emotividade, sensibilidade, intuição e lágrimas: jamais serão para mim exclusividade do universo feminino.

Ser-se completo, é ser-se UNO! Homem e Mulher. Esquerda e Direita. Corpo e espírito. E tantas, tantas coisas mais.

A maturidade traz-nos isto e um sorriso nos lábios, quando percebemos que o tempo passou por nós sem darmos conta.

:) engraçada, a vida.

#129 Reconhecer que os anos passam


Dou por mim a viver momentos únicos! Situações novas. 

Outras vezes, a viver situações já anteriormente vividas ou que remontam a algumas parecenças, mas a delas extrair novos ensinamentos, ou a consolidar visões que tenho sobre a vida.

Sinto-me o puto de sempre. Puro, vivaço, excêntrico, maduro "demais" para a idade que tinha, sofrido, mas sempre de sorriso em riste.

Os anos passam por mim (ainda bem!) e como sempre: sinto-os bem para além "da data escrita no cartão de cidadão". Isto mais pela experiência adquirida, pelas dores que carrego no peito, pelas viagens que tenho feito e pelos(as) número de Mestres de elevada qualidade, com os(as) quais me tenho cruzado na minha caminhada.

Obrigado! Obrigado! Obrigado!

Espero estar sempre à altura da grandeza dos ensinamentos, tamanha é a dor que me provocam (o que indicia precisamente o propósito da lição e a firmeza de Quem ensina). 

Com o tempo, aprendi pois a reconhecer a magia e a desbravar o mistério... é que: somos afinal Mestres uns dos outros e surge no nosso caminho o que precisamos para avançar.

Desejo pois não esquecer nunca mais essa descoberta, bem como o tanto mais que entretanto percebi e dar então mais um passo para evoluir. 

Cada dia que passa, sei que tenho menos tempo... Mas que saboroso que é: dar-lhe o valor que merece.




sexta-feira, 18 de julho de 2014

#128 Amar a solidão


Paro e penso nas vezes em que tive medo de ficar sozinho, ao longo da vida.

Tirando os tempos de criança em que pedia bastante atenção, (especialmente no meu caso que debilmente precisava de especiais cuidados de saúde) julgo que enfrentei bem essa barreira com o cair do pano.

Sempre gostei de ler. De escrever. De meditar. De passear sem ninguém. De ouvir ou tocar música sozinho. Aliás, a esse propósito, o piano tem sido uma recente feliz descoberta.

Mas, estaremos realmente sós quando estamos sem a companhia de ninguém? NÃO!

Se descobrirmos a enorme alegria que é privarmos com nós mesmos e de nos reinventarmos, quando iniciamos finalmente o caminho da redescoberta interior: nada mais nos amedronta.

No fundo, estamos e estaremos sempre sozinhos. Mas acompanhados de todas as histórias, de todas as memórias, de todos os corações que nos tocaram e que tocamos, também nós ao longo da nossa existência.

Sei que o amor mais puro e verdadeiro, acompanhar-me-à sempre! Amo e celebro pois a vida: todos os dias. 

O momento do fim chegará, mas até aí o meu sorriso interior rejubilará de felicidade por mais essa derradeira viagem, que espero ainda demore... mas que não me mete medo. Duma nova etapa se tratará, apenas.

É pois bom estar vivo! Celebremos todos os dias essa dádiva, independentemente da nossa condição e aproveitemos ao máximo todas as oportunidades de aprendizagem, entre lágrimas e risos, entre despedidas e reencontros.

Até já.




quarta-feira, 16 de julho de 2014

#127 Pela noite dentro


Sempre fui um ser noctívago. Claro que simultaneamente viver de dia, causa um certo transtorno.

Solução encontrada há uns belos anos, aliada a um sistema biológico que felizmente veio comigo desde a nascença? Fácil: dormir menos e no meu caso meditar, uma vez que aí recupero ainda e em menor tempo as forças físicas, psíquicas e naturalmente espirituais, que me energizam positivamente para mais uma jornada, seja ela qual for.

Digamos que é uma espécie de "stand by" planeado, que faz com que o botão do "on" ligado novamente, tenha ainda mais força.

Mas dizia eu, na noite reencontro vezes sem conta o prazer da escrita livre e sem preconceitos; da música nota a nota, compasso a compasso; da contemplação do silêncio lá fora, interrompido pelos carros que passam ou pelos animais nocturnos; no gosto pela meditação ou pela reflexão mais apurada de um sem número de assuntos.

Assim, me transfiguro ou me resgato e habito também na noite como um novo ser, na manifestação mais pura dos meus alteregos, na assumpção plena da multifacetação, na vivência da pluridimensionalidade, sob todas as formas.

Penso no Agosto que aí vem. E com ele: novo regresso ao meu mundo encantado.




* texto escrito pelas 02h47. E tanto que sinto a caminho, antes de me deitar. Gosto disto assim, até porque não sei ser de outra forma. Quem diz que a solidão é necessariamente má? Provoco-a vezes sem conta, tamanha é alegria e a paz que me dá.

terça-feira, 15 de julho de 2014

#126 As escolhas


Nem sempre fui muito bom a fazer escolhas na vida. Por diversas vezes fiz, como todas as pessoas, escolhas que se vieram a verificar erradas.

De lá para cá, multiplicam-se as boas escolhas. 

Estou longe de ser sábio, mas estou ainda assim: mais perto.

Até porque: não conheço outro caminho.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

#125 Viver para sempre


Há dias em que penso, que de alguma forma já alcancei a imortalidade.

Nas amizades que fiz, nos amores que tive, nas situações que vivi, nas paisagens que observei, nos abraços e beijos que dei, em suma: nas viagens que tenho efectuado.

Não sei quanto mais tempo "isto vai durar"... Mas a verdade, é que tem sido uma viagem maravilhosa, cheia de aprendizagem. Uma vida rica em vivências, em sorrisos e lágrimas! Como pelo menos eu, a queria.

A todos(as) quantos(as) têm feito dela tão rica, o meu obrigado! 

E a todos(as) quantos(as) tenho magoado de alguma forma... aqui fica o meu pedido de desculpas, na certeza de que esse era o meu papel nas vossas vidas, não obstante não o ter procurado.

Hoje sou uma pessoa melhor, longe da perfeição. Mas melhor, sem dúvida porque compreendo muito do que me passava ao lado e está tudo mais lúcido agora.

Também e muito por essa Luz: a minha eterna e profunda gratidão. 


quinta-feira, 10 de julho de 2014

#124 O Plano B


Estou a caminho de mais um aniversário, que ocorrerá daqui a umas semanitas.

Recuo mentalmente uns anos e penso nos planos que já fiz e refiz.

Ia ser bombeiro! Ou talvez político? Hum... músico de sucesso? Queria ter um pé de meia jeitoso aos 30 - naquela linha yuppie do 1º milhão.

Era suposto já ter conhecido todo o mundo e viajado então vezes sem conta, quotidianamente.

E mais tantas e tantas coisas. 

Faço o balanço. Dias e noites perdidas a lutar por este ou por aquele objectivo. Lágrimas soltas em batalhas perdidas, nas quais aprendi bastante, essencialmente na adolescência. Mas também vários momentos de vitória saborosa.

Recordo amizades perdidas, algumas resgatadas e ainda outras novas conquistadas. Como no amor.

Loucuras e momentos vividos no limite, ao longo dos anos, dos quais guardo segredo partilhado com quem comigo os viveu. 

De facto, os vários Planos A, não têm sido muito bem sucedidos... mas se querem que vos digo:


PARA A MINHA VIDA, AMO MESMO É O PLANO B.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

#123 O poder da comunicação


Comunicar é preciso.

Muitos dos problemas que tenho tido ao longo da vida, têm-me acontecido por não me conseguir fazer entender. Ou por não perceber muitos sinais que me vão sendo dados.

Claro está, que não falo apenas do discurso escrito ou falado, pese embora o facto do mesmo, nessas duas vertentes, ser também um instrumento poderoso.

Falo de "ler nos olhos". Falo do "toque". Falo do "timbre dado às palavras". Falo nos "gestos". Falo da "expressão corporal". Falo de tantas coisas mais.

Nem sempre consigo dizer ou escrever precisamente aquilo que penso. E depois há o "velho problema": o ser humano evolui.

Já pensei diferente sobre uma data de coisas. Mudei as crenças. Rebati dogmas (se é que algum dia os tive em quantidade), "baralhei e dei de novo". E aprendi com as situações, ou com conselhos que sempre atentamente escutei e escuto, de todos os mestres que comigo se cruzam no caminho. E têm sido vários(as) ao longo da vida. Com todos(as) aprendo sempre mais qualquer coisa.

Mas no que mantenho, é que primeiro que tudo, é basilar que não nos mintamos a nós mesmos. Depois, se possível, aos que nos rodeiam. É esse o caminho, sem dúvida. O objectivo.

Todavia e como todos os caminhos, também tem o seu tempo e as suas excepções. Até porque nunca haverá regra sem excepção e se há coisa que rejeito, são as verdades adquiridas, venham elas de onde vierem.

Instalam-se e tornam-se potencialmente perigosas. Gosto pois de manter sempre tudo em aberto, disponível à mudança.

E sobre o quadro comunicacional, há alguém que aprendi cada vez mais a ouvir e a respeitar. Aprendi a escutar mesmo, profundamente! Alguém com quem passo cada vez mais tempo, entre silêncios duradouros e verdadeiros.

Quem é esse alguém que cada vez mais respeito?


EU.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

#122 Notícia do ano artístico


20 anos depois: PINK FLOYD vão lançar o seu "novo disco de originais", já em outubro deste ano.

É verdade que sem Roger Waters e baseado em temas gravados em 1994, mas o que interessa isso?

É sem dúvida uma das mais míticas bandas bem sucedidas de sempre, que atravessaram as fronteiras do experimentalismo e abriram caminhos para além do rock, dentro do psicadelismo progressivo.

Goste-se ou não: é de registar. E motivo de regozijo, porque o conceito de "Fim" é deveras subjectivo.

Sempre preferi antes a palavra:


E T E R N I D A D E.

domingo, 6 de julho de 2014

#121 Em estágio


Dois anos passam num instante. Essa é que é a verdade.

Quando damos por ela: PLIM! 

E de repente, entre mil e um problemas, mil e uma divagações e outras tantas coisas, dou por mim a saber que há certezas na vida que se mantêm intemporais, pese embora a alteração de várias modelos de pensamento, que necessariamente também eu atravesso.

Na verdade, apesar de tanta chatice, estamos em 2014.

E se motivos houvessem para não celebrar, há todavia um que faz deste ano um dos melhores de sempre. E que por momentos me dará algum descanso de tanta coisa que estou sobejamente farto. Celebremos pois a Liberdade, ainda que não sendo total e pura. Até porque, condicionada é ela sempre e em todos os fóruns... 

Mas... é que há uns: com manifestamente mais piada do que outros.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

#120 Mudar


Hoje estava na esplanada da minha querida Associação Luchapa, no Palácio do Egipto, em pleno Centro Histórico de Oeiras e eis senão quando um pequeno pássaro de várias e belas cores, cai em voo picado dois metros ao meu lado, estatelando-se no chão.

Tremeu em poucos segundos e... num último suspiro lamentavelmente morreu, para meu espanto e dos que observaram o triste episódio.

Um pequeno ser vivo terminando a sua missão na terra, de uma forma rápida, mas dolorosa certamente e fatal.

Que viagens teria ele feito? De onde vinha? Para onde iria? 

......


Os últimos anos têm sido para mim altamente reveladores do que quero e do que não quero para mim. Erro muitas vezes. Mas pode não errar quem não tenta? Quem não age? Quem não avança na escada da vida?

Mas no que às revelações diz respeito: então os últimos meses nem se fala. Medito: amadureço: ajo.

Mas isto, a propósito de "nunca ser tarde para se começar uma nova vida"! Um novo desafio! Para colocar mãos à obra e começar tudo de novo! Tantas as vezes quantas as que forem necessárias.

Agir é preciso! E nem sempre é fácil.

Mas estarmos vivos é meio caminho andado para sermos felizes. 

Por vezes, a vida não é simples, de facto. Estamos menos alegres, mesmo tristes e amargurados até... mas aceitemo-lo como algo a debelar! A vencer! Obstáculos a ultrapassar.


Todos os dias olho o espelho e penso: e se fosse o teu último dia? O que farias?

...e depois disso: FAÇO. Pouco ou muito. Mas FAÇO.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

#119 Julho de 2014 - loading


Isto das imagens, com boa imaginação dá para tudo.

Para uns, trata-se da época de incêndios (nomeadamente entrámos na fase Charlie), para outros: será um conselho para que não acendam cigarros esquisitos e quem sabe levantarem voo. 

Pelo menos no período mais crítico, que vai de 1 de Julho a 30 de Setembro, o que inclui obviamente o mês de Agosto.

Bom, piadas à parte: tenham atenção a esta época. 

Os bombeiros de norte a sul, não merecem perder mais vidas.