sábado, 26 de abril de 2014

#61 O baile de máscaras


Dançam as caras no baile de máscaras
perdidas e cambaleantes
esquecidas, homenageiam os farsantes

Dançam as caras no baile de máscaras
despedaçam corações, partem sonhos e ilusões

Imagens de criança, por entre a dança comedida 
reprimida, enclausurada... como a vida

Passeiam ligeiras e destacam pedaços de carne
envelhecida, doente e putrefacta

uma obra de arte, desafiadora e abstrata
senil, digna de 

i n t e r n a m e n t o


mas única, ímpar, símbolo do 
m o v i m e n t o 

constante, sincero e verdadeiro
peças unidas, qual puzzle inteiro

Dançam as caras no baile de máscaras
e não sabem para onde ir
perdidas que estão

mas sempre a 

s o r r i r



2 comentários:

  1. Às vezes não sabemos mesmo para onde ir, mas nem sempre o sorriso impera.
    Gostei do poema.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Minha querida mana... há que manter o sorriso, pois ele é o caminho para vencermos o que nos atormenta. Mais que o sorriso exterior, façamos a nossa alma sorrir!

      Beijos com saudades

      Eliminar