terça-feira, 22 de abril de 2014

#54 Eu não sou os outros


Não é fácil, de facto.

Assumirmos o carácter eminentemente especial que cada um de nós desempenha no universo, é uma missão solitária, mesmo incómoda por vezes.

No que diz respeito a lidarmos com os(as) outros(as), então: é um verdadeiro inferno. Porque as parecenças com outrem vêm sempre à tona. E porque é difícil demonstrar a diferença, em corações contaminados por outras vivências.

As palavras parecem iguais, os olhares se calhar por vezes também, o toque idem. Será?

E depois nem nós somos estanques... erramos, evoluímos e mudamos.

Qual a solução? 

Sermos quem somos, independentemente do resultado. Afirmarmo-nos na nossa solidão, sem nos tornarmos eremitas, ainda que se preciso for: que o façamos e durante o tempo que precisarmos.


No fundo, o que importa somos nós e a nossa consciência, os nossos valores, os nossos princípios. E claro, tentar não incomodar ninguém que no seu sono letárgico não queira ser incomodado.

Pouco interessa pois, se somos a maioria, a minoria, ou um caso isolado. Aliás, a terceira hipótese é uma constante na minha vida, em diversas matérias... e daí?

No fundo até gosto. 


Encontro um colo em mim mesmo, recupero na dor ainda que ela eternamente me marque, sou feliz por ser quem sou e quanto mais me conheço mais gosto de mim.

Egocentrismo? Narcisismo? Experimentem convosco! 

Vão ver que gostam e eu assim também gosto ainda mais de vocês.

Chamemos-lhes antes de auto-estima, segurança, amor-próprio... levem pois daqui os remédios que quiserem e nas quantidades que vos apetecer. 


Acreditem que por cá: 



sobra e sobrará 
S E M P R E.




2 comentários:

  1. O caminho que temos de percorrer, será sempre um caminho solitário, só assim encontramos a verdade, essa, que reside dentro de nós!! :)

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    1. Olha quem deu à costa... Sem duvida, Andreia. Sem duvida... :) beijos

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